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O trigo no centro dos debates da agricultura gaúcha

Publicado em: 8 de outubro de 2022
Categorias: Eventos

Realização do 8º Fórum Nacional do Trigo é marcada por assinatura de termo de cooperação para uso do cereal na produção de biodiesel

 

Um dos cereais mais importantes do mundo, o trigo está presente em 133 mil propriedades rurais do país e movimenta uma cadeia produtiva que envolve cerca de 800 mil pessoas.

Somente no Rio Grande do Sul, a safra de trigo deste ano deverá ser a maior da história, com um volume esperado de 4,7 milhões de toneladas, uma estimativa que corresponde a alta performance na colheita dos 1,45 milhão de hectares que foram semeados, número que não era registrado desde os anos 80.

Para tratar sobre o tema “Trigo: protagonista do agro”, a Cotribá, em uma parceria com a Biotrigo, Sindicato Rural e a Fenatrigo, realizou o 8º Fórum Nacional do Trigo, na sexta-feira (07/10), durante a programação da Fenatrigo 2022, no Auditório da Agricultura do Parque Integrado de Exposições, em Cruz Alta/RS. “A Cotribá sempre foi uma grande incentivadora do trigo produzido no Rio Grande do Sul, estando sempre presente junto a entidades que representam o setor. Hoje, contamos com dezenas de agrônomos em todas as regiões gaúchas, contribuindo com novas informações, produtos e técnicas para nossos associados e produtores conquistarem mais espaço com a produção de suas culturas de inverno. Por sua relevância, o Fórum já se tornou um momento privilegiado para os triticultores dentro da Fenatrigo, com uma importante representatividade”, afirmou o presidente da Cotribá, Celso Leomar Krug.

A programação teve início com a palestra “Mercado do trigo e os impactos das exportações para o RS”, com o gerente de relacionamentos da HedgePoint Global Markets, Roberto Sandoli, seguida da palestra conduzida pelo presidente da BSBios, Erasmo Carlos Battistella, sobre o “Etanol: uma nova oportunidade para o trigo gaúcho”.

Contando com a presença de mais de uma centena de produtores rurais, empresários, técnicos e autoridades locais, os debates encerraram após a realização do Painel “Trigo como aliado aos resultados do produtor”, onde foram tratados os temas: “Trigo sob o ponto de vista técnico”, com o gerente de pesquisa e tecnologia da CCGL, Geomar Mateus Corassa; “Trigo sob o ponto de vista econômico”, com o pesquisador do setor de Economia Rural da Fundação ABC, Cláudio Kapp Júnior; e “Trigo sob o ponto de vista do agricultor”, que foi abordado pelo produtor rural da Terraboa Agrícola, Tiago Lebrelotto Ruber.

De acordo com o gerente comercial da Biotrigo para a América Latina, Fernando Michel Wagner, a cultura do trigo oferece diversas vantagens aos agricultores. “Além de benefícios agronômicos e ao sistema de produção, o trigo ainda oferece uma melhor sustentabilidade da propriedade. Através de depoimentos, vimos que agricultores que tinham trigo semeado no inverno tiveram uma vantagem competitiva no que diz respeito à rentabilidade da propriedade, por conseguirem buscar renda em mais um período no ano, não dependendo somente do verão”.

Para Fernando, além da evolução genética e das técnicas de manejo, a mudança que teve grande impacto na cultura do trigo nos últimos anos é o surgimento de diversas vias de comercialização, o que acaba por gerar liquidez ao agricultor. “A produção pode ser destinada aos moinhos, à exportação ou para o mercado de ração, sem contar em novos negócios surgindo, como é o caso das indústrias de etanol”, cita. Com isso, os produtores se veem mais confortáveis com a cultura, não apenas por suas vantagens administrativas e agronômicas, mas também pelas vias de comercialização cada vez mais robustas. “Por consequência, o trigo ajuda a tornar a agricultura gaúcha mais sustentável”, declarou.

 

Assinatura termo de cooperação técnico-comercial entre a BSBios e Cotribá

O Fórum do Trigo também foi palco da assinatura de um Termo de Cooperação entre a indústria de biodiesel, BSBios, e a Cotribá, com a intenção de uso do trigo produzido pelos associados e clientes da Cooperativa para uso na produção de etanol. “Estamos coletando assinaturas de diferentes parceiros e, sem dúvida, ter a primeira assinatura feita pela cooperativa agropecuária mais antiga do Brasil, a Cotribá, é uma certeza de bons negócios pela frente. Este é um passo concreto que estamos dando nesse sentido e, muito em breve, os triticultores poderão encaminhar, através da cooperativa, sua produção de trigo para nossa indústria”, afirmou o presidente da BSBios, Erasmo Carlos Battistella.

“Assinamos este termo com a certeza de que esse será mais um bom e novo caminho para a agricultura de nosso estado”, disse o presidente da Cotribá, Celso Leomar Krug, no ato de assinatura do documento.


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