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Como maximizar a produtividade com a utilização de nitrogênio nas culturas de inverno

Publicado em: 11 de julho de 2023
Categorias: Blog

O estado do Rio Grande do Sul, situado no sul do Brasil, é caracterizado por climas bem definidos, de verão e inverno, e com chuvas que ocorrem durante todo o ano. Isso nos torna uma indústria a céu aberto, que produz em abundância culturas de soja, milho, arroz, trigo, cevada, canola, aveia, entre outras, e também nos possibilita sermos fortes na pecuária de corte e leiteira.

Nos últimos 4 anos, o nosso Estado enfrentou o 3° ano de estiagem, prejudicando muitos agricultores e pecuaristas nas mais diversas regiões. Fato este, que em muitas propriedades, para manter o faturamento da mesma, muitos produtores aumentaram suas apostas no inverno. Com isto, o trigo que é a principal cultura de inverno do estado, alcançou na safra 2022, 1,45 milhão de hectares, a maior área em 42 anos, alcançando 5 milhões de toneladas produzidas. Claro que o clima foi favorável para esta produção, mas manejo correto é de fundamental importância para o sucesso.

Todo o manejo e investimento realizado nas lavouras comerciais visa o melhor crescimento e desenvolvimento das sementes cultivadas, objetivando extrair o máximo potencial produtivo das espécies, gerando maior rentabilidade ao produtor. Dentro disso, a adubação nitrogenada das culturas torna-se fundamental ao rendimento, sendo que nas culturas de inverno, o nitrogênio responde por grande parte do incremento produtivo e qualidade do grão (EMBRAPA, 2014).

Na cultura do trigo, além de suas funções básicas no processo de fotossíntese, o nitrogênio (N) é calibrador no teor de proteínas dos grãos, um dos parâmetros qualitativos na comercialização da cultura. Atualmente, além do NPK no momento da semeadura, as aplicações nitrogenadas são recomendas durante o ciclo da cultura, sendo a maior parte até o perfilhamento, conforme mostrado na tabela abaixo.

 

Avaliando a máxima eficiência econômica de cultivares em um experimento com duração de dez anos (1990 – 2000), a Embrapa Trigo encontrou acréscimos de 3.410 kg/ha no rendimento de grãos, com 83kg/ha de N. A partir disto, a recomendação sugerida pela pesquisa é de 60 a 120kg/ha totais, sendo 15 a 20kg/ha na semeadura e o restante em cobertura em outras duas aplicações, uma no início do perfilhamento e outra no início da elongação do colmo das plantas (EMBRAPA, 2017). Ainda segundo a instituição, o uso de N acresce em torno de 12 a 21kg de grãos para cada quilo de N adicionado. Informação essa, que se aproxima dos trabalhos conduzidos pelo Grupo Floss, em ensaios conduzidos na cultura de trigo, conforme mostra a figura abaixo.

Na aveia, cultura utilizada no Rio Grande do Sul sobretudo para pastagem e cobertura, o uso de N estará diretamente relacionado com a qualidade da forragem ofertada (EMBRAPA, 2008). A adubação em culturas de pastagem visa principalmente ofertar condições para que esta não extraia a adubação residual das culturas econômicas, prejudicando o sistema plantio direto (SPD).

Avaliando a resposta ao N e ciclagem de nutrientes, Santi et al. (2003) encontrou crescente ganho de matéria seca na aveia com adubação em doses de N de 60kg/ha até 150kg/ha. Para esta cultura, cabe ainda ressaltar o ganho em todo sistema produtivo, uma vez que se objetiva também a decomposição dos restos culturais no solo, para recepção das culturas de verão.

Diante das perspectivas de mercado e atualizações do sistema produtivo, a Canola também se apresenta como uma cultura de inverno que tem ganhado força produtiva no Rio Grande do Sul. Seu cultivo possibilita uma quebra no ciclo sucessivo de culturas tradicionais e oferta uma rotação dos herbicidas utilizados, controlando principalmente o azevém de forma eficaz, que é a principal invasora dos cereais de inverno. Além disso, sua palhada não é hospedeira de muitas doenças dos cereais de inverno, como por exemplo as manchas foliares, causando assim uma redução dos inóculos.

Sendo altamente responsiva ao nitrogênio, a cultura exige ao menos 30kg de N/ha no momento da semeadura e 50 a 100kg/ha de ureia no momento em que a planta apresenta quatro folhas verdadeiras. Para a adubação em cobertura, a recomendação é que haja aproximadamente 45% de N, suprindo a necessidade mínima da cultura de 60 kg de N/ha (EMBRAPA, 2009). Na Australia, que é um país produtor de canola, conseguem obter produtividades de até 6.000kg/ha  utilizando cerca de 225kg/ha de N, ou seja, 500kg de uréia 45% em cobertura.

Pensando em proporcionar a melhor recomendação ao associado, a Cotribá possui um corpo técnico extremamente capacitado, ofertando seguidamente cursos e orientações aos seus técnicos. Para melhorar ainda mais esse posicionamento, foi criado o Comitê Técnico Cotribá, que irá discutir os mais diversos assuntos, como manejos, práticas de semeadura, escolha de produtos e cultivares e demais assuntos que venham atender a necessidade dos associados. As margens da lavoura não permitem erros, pois podem nos deixar prejuízos se estes não forem eliminados.

A Cotribá disponibiliza de diversas fontes, formulações e empresas que fornecem Nitrogenio, sendo eles puros ou associados a outros nutrientes, como Calcio e Enxofre. Ainda, além de ureia que é a fonte mais utilizada, ofertamos também a opção de produtos protegidos para reduzir perdas por volatilização. Converse com seu técnico e defina seu melhor manejo, pois a Cotribá está sempre ao seu lado. Boa safra a todos.


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